Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CONSERVADA III

Para vocês entenderem melhor esse post, sugiro que leiam, nessa ordem, nos meses de janeiro e fevereiro o Conservada, Conservada II e Conservada IV. Não sei porque pulei o III, então este será o Conservada III.
Depois de meses sem poder ir ao meu médico, fazer aquele controle indispensável a todas nós, estive lá contando para ele de como estava me sentindo com as mudanças ocorrendo de maneira acelerada. Essa ida foi bem diferente. Contei-lhe que apesar de alguns sintomas, às vezes bastante incômodos, algo extraordinário estava acontecendo: minha libido estava como nunca esteve! Sorrindo ele me respondeu que sou uma privilegiada, fazendo parte de uma porcentagem mínima de mulheres que, nessa altura do campeonato, assim se sentem.
Conversando com uma amiga, contei-lhe o que estava ocorrendo: olhares masculinos direcionados, elogios a todo o momento (inclusive de mulheres?!?!) e uma palavra sendo dita para mim com certa freqüência: exuberante. Penso que ando me sentindo assim mesmo. Viva, animada, viçosa, vigorosa, repleta. De acordo com as definições do Aurélio para exuberante. Quando fazemos as pazes com o nosso corpo, tudo muda. A malvada celulite vira simples buraquinhos, a implacável lei da gravidade é contornada com um bem escolhido soutien, e aqueles legumes que insistem em permanecer, com escolhas de roupas inteligentes. Mas a maior conquista é a liberdade. Quando conhecemos cada pedacinho do nosso corpo, sabemos o que queremos, quando e como. Damos e recebemos um tipo de prazer liberto de qualquer estereótipo.
Estava eu sentada numa mesa, aguardando o início de uma festa em comemoração ao Dia das Mães (lá na academia), quando uma moça de 22 anos se sentou, se apresentou e disse:
- Posso lhe fazer uma pergunta indiscreta?
- Claro.
- Quantos anos você tem?
Não perdi a oportunidade e pedi que ela me dissesse quantos anos achava que eu tinha.
- Trinta.
- ???? Como? Está de curtição?
- Não, quando cheguei e te vi pensei: ela tem 30 ou é muito conservada. (êta palavrinha deselegante)
- Não, não estou no vinagre! Vou lhe apresentar o Rathão, meu professor aqui na academia.
Repeti a história para ele e entre uma gargalhada e outra, ele lhe disse que o que me mantinha assim, conservada, era minha alegria todos os dias às 7 da manhã. “Vem fazer uma aula com ela que você sairá daqui com 15”.
Sou uma, assumidamente, exuberante quarentona conservada!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

DOIS MESES E UM DOMINGO

Dois meses se passaram... TantasCor do texto coisas aconteceram nesse tempo.
Emoções novas. Esse domingo de outono, céu de um azul manso, tranqüilo, introspectivo, me convida a caminhar na Praça da Liberdade. Liberdade para meus pensamentos.
Quando você me dizia que tinha que aprender de cor a tabuada ou as capitais do Brasil e do mundo, nem imaginava que de cor quer dizer no coração. De cor sei do meu último “plantão” com você, do seu aborrecimento porque E. insistia em cortar suas unhas do pé, do seu olhar vitorioso de quem acabara, mais uma vez, de descumprir uma ordem dada. De cor sinto minhas mãos nas suas no momento da partida...
De cor, entre uma passada e outra, sei que a distância é um excelente remédio para as confusões do amor e nesse momento fica resolvido, o que há dias parecia não ter solução.
Entre uma visão dos sonhos que me cercam e a realidade de uma matéria sendo feita, pergunto ao homem que filmava se fiquei bonita na fita e ele responde: você é! O espaço se enche com a presença de sua ausência.
Fico imaginando por onde andará você? E imaginação é coisa mágica: tem o poder para ver e cheirar o que está ausente.
A dor agora começa a ir embora e deixa espaço para a saudade se instalar.
Saboreei cada raio de sol, as risadas provocadas pela minha companheira de passadas, pelo café no Santa Sophia, pelas confidências trocadas, pelas msgs recebidas, pela visão das cores dos sonhos que me cercam.
Tempus fugit! Portanto Carpe Diem”.
Colhi esse domingo, mãe, como quem colhe uma flor que nunca mais se repetirá! Plantei nesses sessenta dias as derradeiras sementes...

sábado, 23 de maio de 2009

ENCONTRO DE ALMAS

Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”.
(Fernando Pessoa)
Às vezes os relacionamentos terminam e deixam rastros*. Rastro forte gravado no corpo, na memória da alma, nas batidas agridoces do coração.
Rastros que fazem claudicar o caminhar, amarras que impedem de prosseguir.
Faz-se um abismo entre o sonhado e o concretizado, a palavra não dita e a mal dita, o explicar o inexplicável. Toda história tem, de um jeito às vezes torto, começo, meio e fim.
Às vezes passam-se anos para conseguirem se falar, ouvir. Contornam o abismo, pois agora ambos já não mais estão dentro dele. E assim, erros passados se transformam em acertos presentes. Presentes a serem dados àquele com quem se está no presente. Mas de tudo permanece a sensação de ter perdido o que sempre foi e será imperdível: encontro de almas.
*Rastro: pistas, sinal, indício.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

NOIVADO

"Louvado sejas, ó Eterno nosso D'US, Soberano do universo, que nos conservaste com vida, nos amparaste e nos fizeste alcançar esta data festiva".
Foi com essa benção, entre outras, cantada pelo Gui, irmão do noivo, que Gustavo deu início à cerimônia. Simples, bela e tocante. Emocionou todo coração ali presente ou ausente.
Brindes à vida, ao encontro de duas almas, a um projeto a dois, à construção e realização daquilo que um dia foi sonho. Tudo muito íntimo, como penso que devem ser esses momentos. O perfume dos lírios se misturava com o cheiro da alegria. Nesses tempos de corações ainda tão doídos, um momento de saudade e lembrança gostosa de mamãe. Gustavo entregou à noiva, uma pequena escultura de um casal se beijando, contando-lhe que tinha ganho de sua avó "para que um dia, quando encontrasse sua cara metade lhe desse de presente..." Gustavo encontrou Ilana e agora as caras metades formarão um rosto. Um rosto abençoado e protegido pelo PAI para todo o sempre e digamos: Amém!


Os noivos, a mãe do noivo (abraçada com a noiva/nora) e quatro tias do noivo "babando" com a alegria do momento!











quarta-feira, 20 de maio de 2009

SONHO BOBO

O coração estava que era pura dor. Num pedaço dele um amor que se desfez e do qual, ainda se despedia. Esteve ligado àquele homem por alguns anos de afeto manso e tranqüilo. Coisa alguma poderia lhe tirar este fato. Durante esse tempo, ela se sentira como alguém que caminha por um vale colorido, sem montanhas e abismos, o ar claro, o sol aquecendo, sabendo exatamente o que a esperava. Seu amor havia alcançado aquela condição de certeza sem surpresas, livre dos sofrimentos do ciúme, da posse e das dúvidas que são o inferno dos apaixonados. E era isto que ela deixava para trás. E por isto ainda sofria.
Numa noite estranha encontrara um outro homem cuja imagem, por razões que ela não podia compreender, despertara das cavernas da sua memória uma outra cena cheia de mistérios, de perfumes exóticos, de penumbras eróticas, onde crescia o fruto da vida. E ali, na porta do banheiro, num beijo pedido-roubado, nesta nova cena que se refletia nos olhos sorridentes daquele homem, ela se viu como uma mulher diferente, de corpo jovem dotado de asas, pronta a voar pelo desconhecido.
“Foi tudo tão bonito, mas voou pró infinito. Parecido com borboletas de um jardim”.
Apaixonara-se pela bela cena que via como aura mágica, em torno daquele rosto. Apaixonara-se pela sua própria imagem, refletida naquele olhar. Queria tê-lo para poder ter-se deste modo intenso que nunca antes experimentara.
O que aconteceu naquele instante ela nunca pôde compreender: “me faço de menino, mas eu sou teu homem, fazendo besteirinhas pra te provocar”.
Período de constância e quietude, mas sempre a fazendo lembrar que nada é fixo, tudo é passageiro e, portanto tem um valor relativo. É a calma dentro do movimento, é o desapego, pois tudo é efêmero.
Borboletas sempre voltam e o seu jardim sou eu”.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

SÁBADO NA SAVASSI

Sábado fui a Savassi, coisa que não fazia há muito tempo, comprar algumas coisas que a gente sempre fica adiando pq. o tempo não dá e pq. na realidade não são imprescindíveis. Amanheceu friozinho. Saudade daqueles tempos que, por aqui, o outono/inverno fazia a gente tirar os cobertores, blusas de lã, casacos do armário e andar todo mundo chique pelas ruas.
Entrei numa loja para comprar uma meia e enquanto a vendedora me atendia, algo na moça do caixa fez minha atenção se desviar. Era sua feição. Para as 09h30minh da manhã, o dia mal começando, seus olhos tristes, sua boca como a de um palhaço denunciava sua tristeza, sem tinta vermelha. Enquanto a vendedora foi ao estoque pegar minha numeração, não resisti e lhe perguntei: você está triste?
Seus olhos, imediatamente, cheios de lágrimas foram resposta. Não me contive e comecei a dizer intuitivamente (?):
Olha, não sei o porquê de você estar assim, mas algo me mostra que é por relacionamento. A história já chegou ao fim? Pergunto. Porque se não se esgotou, você vai ter que concluir para seguir em frente!
Ela me ouvia com atenção, sem dizer nem sim, nem não. Só lágrimas... Percebi que estava no caminho certo e continuei...
Diariamente ouço em minha clínica relatos de infelicidade, sempre atrelados aos parceiros. Homens e mulheres acham que não são ninguém, sem o seu Príncipe Encantado ou sem a Mulher Ideal. E esse sentimento de autodesvalorização acaba vindo à tona no relacionamento que estabelecem. A totalidade e a plenitude que sempre procuram, no outro, não existe! Se há uma solução, é aprender a deixar de buscar essas coisas fora de nós, no outro, e procurar aceitar a nossa incompletude. Apaixonar-se por si mesmo e pela vida que se tem é imprescindível, para que assim possam se apaixonar por nós.
Cria-se tanta expectativa em relação ao outro que deixam de ver realmente quem são. Telefonemas aguardados, torpedos sem resposta, promessas não cumpridas, idéias contraditórias, atrasos, mentiras encobertas e descobertas, jogos de sedução, regras a cumprir, desgaste total! Em nome do quê? Felicidade? Quando somos felizes conosco, não necessitamos de estarmos felizes só por causa de um outro! Quando chegamos a esse estágio, a lágrima derramada tem um outro sabor... Sabor de bem vivência, bem querência, de vida!
Terminei minha falação ouvindo um generoso e emocionado obrigado (?!) e saí da loja, sem entender muito bem, com tudo aquilo que ali deixei e dali carreguei: muito além das meias.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

NOIVADO

Recebi ontem um convite que me emocionou muito. Amanhã, sábado, meu sobrinho Gustavo vai ficar noivo! É ele que está aí na foto com mamãe e escreveu aquela poesia linda demais. Era um sonho para ela, poder ver um neto casando dentro das tradições judaicas. Ilana, a namorada que se tornará noiva, é especial: carinhosa, inteligente, batalhadora e tem uma beleza ímpar: cabelos loiros (natural), pele branca como aquelas damas de antigamente. Mamãe a chamava carinhosamente de “Branquinha” e eu adotei o apelido. Já imaginamos os filhotinhos dos dois: branquinhos, cabelos ruivos, olhos azuis. A família está toda, por acaso, aqui em BH e esse noivado, agora, vem acalentar nossos corações. D’US faz cada mágica! Imagino que mamãe deva estar numa alegria só, como eu, como nós. Gu e Branquinha: que presente vocês estão nos dando! Obrigada! Amo vocês!!!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

DIA DAS MÃES NO TOPO DO MUNDO

Hoje ao acordar não fui correndo prá casa da mamãe acordá-la com meus beijos e receber os dela. Hoje não pude receber as flores que, todos os anos, desde que me tornei mãe, ela sempre me deu dizendo da mãe maravilhosa(?!) que eu era! Hoje não pude brincar com ela falando - é mãe , vc não tem medida! (era prá falar da "gordura" que ela estava, junto com a minha incapacidade eterna de medir tudo que sempre fez e fazia por mim e pelos netos André e Daniela). Hoje não pude confidenciar a ela um segredo qq, só meu, e pedir-lhe que não contasse prás minhas irmãs, mesmo sabendo que assim ela faria.
Hoje ao acordar e receber os beijos de André e Daniela e chorar de emoção e gratidão por ser mãe, chorei mais uma vez por ela, chorei de alegria por ter sido sua filha e assim ser mãe!
Fomos hoje mãe, ao Topo do mundo. Reunidas em volta de uma mesa farta, como sempre você gostou, ouvimos o Gui cantar, a sua voz no celular da Lea, avisando-a de onde estávamos, ano passado, no Dia das Mães. Deixamos as lágrimas escorrerem, os sonhos serem ditos em voz alta, o sorriso de brincadeiras acanhadas. Lá no alto mãe, vendo os vôos humanos escutei você mais uma vez... Com aquele céu azul, o vento soprando e o sol me aquecendo, senti que você estava ali, ao meu, ao nosso lado. Obrigada! Aproveitei e fiz dessa oração o meu presente para você:
“Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente às suas costas,
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos...
E, até que nos encontremos de novo,
Que D’US lhe guarde na palma de suas mãos”.
(Prece Irlandesa)
Feliz dia das Mães! Amo você!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MÃES E FILHOS

Jorge é casado com minha irmã Janete. É um cunhado bacana demais... Quando ele ainda era namorado dela, saíamos juntos para dançar. Tempos das discotecas e dos sábados à noite de pura alegria! Sempre foi muito presente em toda a família. É tranqüilo, na dele, aquele cara que não tem tempo ruim. Observador nato e um ouvinte, que sem fazer escola, dá inveja a qualquer psicanalista. Tem sempre disponibilidade e tempo para ajudar. Foi presente em todos os momentos de vida da mamãe, tinha um respeito e muito carinho por ela! D. Terezinha, mãe dele, faleceu já faz muitos anos, após lutar bravamente contra um câncer. Sempre soube que quando chegava o dia das mães, em especial, a saudade apertava ainda mais. Acho que ele a minimizava, um pouquinho, com mamãe. Mas esse ano a saudade vai ser do tamanho exato. Ele me mandou esse texto abaixo que divido com vocês. Autoria desconhecida.



Mães e Filhos
Ferida que não cicatriza, que não sara, que não passa.

É a falta que ela me faz.

É minha tristeza por querer seu aconchego mais uma vez, seu consolo, sua orientação segura.

Querer seu cafuné antes do meu adormecer, sua voz antes do meu despertar.

Sua presença silenciosa em meus momentos de angústia, sua mão amiga a me amparar e confortar.

Querer outra vez ouvir seu sussurro baixinho me dizendo que tudo vai dar certo e que tudo vai acabar bem.

É uma saudade que aperta meu coração e me faz derramar lágrimas às escondidas.

É uma dor de arrependimento por todas as mal-criações que fiz, pelas palavras atravessadas e rudes que lhe disse.

Arrependimento porque agora sei que mãe é mesmo alguém muito especial e porque me dou conta de que os filhos só percebem isso muito tarde.

Tarde demais, como eu."

A morte é um afastamento temporário entre os seres que habitam planos diversos da vida.

Embora saibamos disso é compreensível a dor que atinge aqueles que se vêem afastados de seus amores pela ocorrência da morte.

Muitas vezes essa angústia decorre do arrependimento pelas condutas equivocadas que os feriram, ou que não demonstrar o verdadeiro afeto que sentíamos por aqueles que partiram.

Às vezes são as mães que partem, outras são os filhos, ou os pais, os amigos ...

E tantas coisas deixam de ser ditas, de ser feitas, de ser vividas ...

Pense nisso!

A vida é marcada por acontecimentos inesperados que a transformam, muitas vezes, de modo irreversível.

Cuide de seus amores porque, embora eles sejam para sempre, poderão não estar sempre ao seu lado.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

DIA DO TRABALHADOR EM SANTA MATILDE

Já postei anteriormente (no carnaval) sobre minhas idas à fazenda do Zé Renato e da Syl. Adoooro ir para lá! É algo meio inexplicável: recarrego minhas baterias com a visão das orquídeas floridas, dos cavalos do Zé correndo pelos pastos, da infinidade de pássaros nos surpreendendo com seus cantos variados, com as frutas no pomar, com as prosas na mesa da cozinha que nunca terminam, com as brincadeiras que não são de roda, mas que abrem a roda para cada visitante que chega!
A casquinha de siri do Zé e o bobó de camarão da Syl me fizeram ir, pra debaixo da mesa, que nem Ana Maria Braga de antigamente. Agora o mais incrível desse final de semana foi meu “neto” de quatro patas de nome Max.
Cachorro de apartamento é bem limitado de espaço, por maior que seja o ap. Max é um poodle. Fez tres anos que minha filha o ganhou de presente. Quando chegou, era uma bolinha branca irresistível... Não pude dizer não! Me deixou em muitos momentos enlouquecida com seu xixi no meu sofá, com o pé da mesa de jantar saborosamente comido, até se tornar educado, se é que assim posso dizer. Em comparação com os outros cães, dos meus vizinhos, acho ele um MÁXimo. No final das contas sobrou para mim todos os deveres e obrigações, inclusive de rebocá-lo comigo nessas viagens curtas.
A primeira vez que ele foi prá fazenda, simplesmente, desorientouuuuu com tanto espaço e liberdade. Corria atrás das galinhas, para desespero do Zé, dos pássaros, e se achava valente o suficiente para provocar o Scott, um fila!!! Ir pró Brás se tornou para Max um prazer igual ao que sinto.
Venho tentando arrumar, ao longo desses anos, uma namorada prá ele, mas sempre há senões... Êta cadelas difíceis! Pois bem, estávamos no pomar na manhã de domingo, quando Max deu um perdido e assim que reapareceu estava com uma cara... Tivemos a notícia, pelo caseiro, que se enamorou de Fibi, uma cadelinha preta e branca que fica por lá. Ela estava no cio e aí vocês podem imaginar né? Pois não é que na hora de irmos embora, tudo já dentro do carro, Fibi aparece prá se despedir e Max não se fez de rogado, deixando-nos expectadores do seu "namoro". A pureza animal, bem ali a nossa frente, me fez lembrar da mágica de tudo que nos acontece pela primeira vez! Max não é mais o mesmo... Será que me tornarei bisa?