Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sábado, 23 de maio de 2009

ENCONTRO DE ALMAS

Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”.
(Fernando Pessoa)
Às vezes os relacionamentos terminam e deixam rastros*. Rastro forte gravado no corpo, na memória da alma, nas batidas agridoces do coração.
Rastros que fazem claudicar o caminhar, amarras que impedem de prosseguir.
Faz-se um abismo entre o sonhado e o concretizado, a palavra não dita e a mal dita, o explicar o inexplicável. Toda história tem, de um jeito às vezes torto, começo, meio e fim.
Às vezes passam-se anos para conseguirem se falar, ouvir. Contornam o abismo, pois agora ambos já não mais estão dentro dele. E assim, erros passados se transformam em acertos presentes. Presentes a serem dados àquele com quem se está no presente. Mas de tudo permanece a sensação de ter perdido o que sempre foi e será imperdível: encontro de almas.
*Rastro: pistas, sinal, indício.

Um comentário:

  1. Sem comentários... Só podia ser dele, esse texto tão simples capaz de tocar a todos nós... Afinal, quem nunca viveu uma história de amor mal acabada, sem entender onde ou o porque do fim... Há coisas na vida que não são para serem entendidas, mas apenas vividas, sentidas...

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