Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MÃES E FILHOS

Jorge é casado com minha irmã Janete. É um cunhado bacana demais... Quando ele ainda era namorado dela, saíamos juntos para dançar. Tempos das discotecas e dos sábados à noite de pura alegria! Sempre foi muito presente em toda a família. É tranqüilo, na dele, aquele cara que não tem tempo ruim. Observador nato e um ouvinte, que sem fazer escola, dá inveja a qualquer psicanalista. Tem sempre disponibilidade e tempo para ajudar. Foi presente em todos os momentos de vida da mamãe, tinha um respeito e muito carinho por ela! D. Terezinha, mãe dele, faleceu já faz muitos anos, após lutar bravamente contra um câncer. Sempre soube que quando chegava o dia das mães, em especial, a saudade apertava ainda mais. Acho que ele a minimizava, um pouquinho, com mamãe. Mas esse ano a saudade vai ser do tamanho exato. Ele me mandou esse texto abaixo que divido com vocês. Autoria desconhecida.



Mães e Filhos
Ferida que não cicatriza, que não sara, que não passa.

É a falta que ela me faz.

É minha tristeza por querer seu aconchego mais uma vez, seu consolo, sua orientação segura.

Querer seu cafuné antes do meu adormecer, sua voz antes do meu despertar.

Sua presença silenciosa em meus momentos de angústia, sua mão amiga a me amparar e confortar.

Querer outra vez ouvir seu sussurro baixinho me dizendo que tudo vai dar certo e que tudo vai acabar bem.

É uma saudade que aperta meu coração e me faz derramar lágrimas às escondidas.

É uma dor de arrependimento por todas as mal-criações que fiz, pelas palavras atravessadas e rudes que lhe disse.

Arrependimento porque agora sei que mãe é mesmo alguém muito especial e porque me dou conta de que os filhos só percebem isso muito tarde.

Tarde demais, como eu."

A morte é um afastamento temporário entre os seres que habitam planos diversos da vida.

Embora saibamos disso é compreensível a dor que atinge aqueles que se vêem afastados de seus amores pela ocorrência da morte.

Muitas vezes essa angústia decorre do arrependimento pelas condutas equivocadas que os feriram, ou que não demonstrar o verdadeiro afeto que sentíamos por aqueles que partiram.

Às vezes são as mães que partem, outras são os filhos, ou os pais, os amigos ...

E tantas coisas deixam de ser ditas, de ser feitas, de ser vividas ...

Pense nisso!

A vida é marcada por acontecimentos inesperados que a transformam, muitas vezes, de modo irreversível.

Cuide de seus amores porque, embora eles sejam para sempre, poderão não estar sempre ao seu lado.

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