Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

RETORNO

No último post falei do Jerê e é com ele que recomeço... Abrindo a caixa postal, somente do dia 19/08, leio a msg que minha amada Syl me enviou na quinta-feira 13/08, enquanto eu estava voando e meus irmãos trabalhando lá na Casa do Richard. Todos conectados, Marcus tirou a seguinte msg:
"Voar no céu azul
Barco sem rumo
Navegando no espaço.

Voar no céu infinito
Mercê do vento
Serenidade...

Voar assim sem rumo
Sem ter para onde ir
Sem querer voltar.

Indo sempre
Sem ter que chegar.

Voar assim no vento
Relando nas nuvens
Se perdendo no ar
Voar." (JH)

E ela completa:
Claro que arrepiei...
Imaginei você sentada na poltrona do avião, de olhos fechados com a mente e o coração na sala da Casa do Richard.
Espero que receba esta mensagem no dia do seu NIVER.
Renato manda milhões de beijos e aquele abraço apertado.
QUE SEJA TDB!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ATÉ A VOLTA
minha amiga, amada.
Beijos, beijos, beijos
Syl
A vida é mesmo uma incógnita, portanto, não vale a pena tentar fugir das decepções ou dos êxtases, eles nos assaltarão onde estivermos. Uma dose de enfrentamento com o desconhecido faz bem para qualquer pessoa.
Insanidade que dá gosto de ver, aquela loucura inofensiva de que falo sempre, antes de fugir da mesmice em nome da alegria de viver!
Por um lado, conquistamos tanto e, por outro, estamos nos esvaziando, querendo tudo rápido demais e abrindo mão de aproveitar o que a vida tem de melhor, o sabor, o gosto.
É preciso ter uma certa flexibilidade para evoluir e se divertir na vida.
Seguir nosso desejo é o que nos torna livres, e o desejo é variável, mutante, inclassificável – não pode ser considerado moderno ou antigo, é o que é!
Quero uma primeira vez outra vez.
Um 1º beijo em alguém que ainda não conheço, uma 1ª caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter emoções inéditas até o fim dos meus dias. E foi assim que nesses últimos 19 dias vivi... e seguirei.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

CASA DO RICHARD

Já contei um pouco da Casa do Richard, mas sempre irá faltar. Na sala de espera existe um baralho dos "anjos" e cada um, se quiser, tira suas cartas. Nas minhas esperas, sempre inesperadamente e coincidências à parte, vinha algo para me fazer pensar... Já lá dentro, os trabalhadores ao se preparem para receberem os visitantes, retiram uma mensagem, para aquela noite, de um outro baralho, do nosso amigo "Jerê". As histórias são inúmeras, mas sempre me lembro o dia que cheguei, reclamando do meu "neto Max" que insistia, ainda pequenino, em roer os pés da mesa da sala de jantar, fazer xixi nas almofadas, mastigar chinelos, sapatos e outras coisinhas mais. Se você tem um cachorro vai saber direitinho do que estou falando. Estava decidida a dá-lo - não gosto nem de me lembrar dessa parte - quando não é que a mensagem tirada aquela noite, falava da importância de termos animais em casa? Coincidência? Pode até ser... O que sei é que hoje, sem seus pulos, brincadeiras e até mesmo "birras" quando é deixado pra trás, a casa não fica mais sem Max. Às vezes a mensagem é tão importante para um, que Richard com toda sua generosidade, vai lá quietinho e xeroca a dita cuja, presenteando a pessoa que sai toda prosa. De mensagem em mensagem conseguimos (todos os créditos para Vó Júnia) comprar as famosas msgs do Jerê.
Habituei-me, além dos dias lá da Casa, a retirar quase diariamente uma. Hoje está aí embaixo o que Jerê "me disse". Espero que possa ser útil para você também!
"Longe, muito longe, existe um lugar. Um lugar onde as pessoas se exercem no mais íntimo de seus seres. As pessoas se expressam, se amam, se tocam. Vivem a harmonia que você quer e não encontrou aí. Vivem lá a ventura de um viver sereno e bom. Você agora começa a perceber e a exercer esse tipo de viver. Você pode viver aí as coisas de lá. Em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, é possível se entregar a uma vida de paz e amor. Vá em frente. Tente" (O Caminho do meio de Jeremias Horta). É Jerê, estou indo em frente entre vales e montanhas. Estou tentando, todos os dias, a ser simplesmente eu em qualquer lugar do mundo!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

JULGAMENTO

A revista VEJA desta semana traz, nas páginas amarelas, entrevista com a psicóloga Rosângela Alves Justino, que foi julgada pelo Conselho Federal de Psicologia no último dia 31/07/09 em função de seu “tratamento” com homossexuais. Caso se interesse, leia em ordem numérica os posts antigos de Homossexualidade.
A psicóloga foi repreendida, censurada publicamente pelo C.F.P“formado por muitos homossexuais deliberando em causa própria” e impedida de aceitar pacientes em busca do “tratamento”.
Apesar de na entrevista camuflar, além de si mesma, o que havia afirmado anteriormente sobre a homossexualidade, continua a sustentar sua linha de pensamento: “é um estado de ser, algo
que pode passar dependendo da motivação da pessoa”.
Além disso, é categórica ao afirmar que
“o ativismo pró-homossexualismo está diretamente ligado ao nazismo. Todos os movimentos de desconstrução social estudam o nazismo porque compartilham um ideal de domínio político e econômico mundial. As políticas públicas pró-homossexualismo querem, por exemplo, criar uma nova raça e eliminar pessoas”.
Se não bastassem suas incoerências, ausência de rigor técnico-teórico em sua “clínica”, nos brinda com mais essa pérola:
“eu sempre digo que é um mimo você ter um psicólogo para ajudá-lo a fazer essa revisão de vida”.
Mimo é agrado, carinho, presente. Numa relação rigorosa de trabalho psicoterápico, não é nossa função mimar pacientes. Acolhimento, escuta, direção do tratamento passa bem longe de “ter um conforto maior”.
Aliás, quem já se submeteu a um processo terapêutico sabe bem, o quão desconfortável é enfrentar seus fantasmas!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A + = ADITIVO


Dedico esse post à minha família (irmãs, cunhados, sobrinhos) e aos meus amigos, poucos, e que sabem quem são.
Fiquei em silêncio observando meu coração. Batidas descompassadas... Percebi então uma coisa que havia esquecido há muito tempo.
Às vezes, na vida, formam-se laços que jamais poderão ser partidos.
Às vezes a gente encontra uma pessoa que sempre nos apoiará, haja o que houver. Talvez seja um marido, uma esposa e comemoraremos isso com um casamento de sonho.
Mas existe a chance de que a pessoa com quem você pode contar por toda a vida, aquela pessoa que a conhece por vezes melhor do que você própria seja a mesma pessoa que sempre esteve ao seu lado!
Eu sou movida a afeto. É o que me propulsiona, que me põe pra frente, que me faz rir e chorar, que me faz gostar da vida. Esse afeto que arrepia, que atinge o fundo da alma, que bole, que emociona.
E sou movida a ternura, daquela que brilha no olho, que reflete a cor do céu e a verdura da terra, que sabe sofrer e amar, que não deixa escapar nada do que acontece no mundo, em qualquer tempo e lugar.
E sou muito agradecida, tipo assim por toda a vida, à pequenina atenção: eu a guardo tão guardada, tão no peito acalentada, que não me esqueço um minuto de quem me passou o encanto de me sentir assim tão amada!

sábado, 8 de agosto de 2009

BANZO

I miss you, Te extraño mucho, Ik mis je, Je tu manque, Ich Vemisse sie...

Saudade é uma palavra que não existe em várias línguas... No português ela vai muito além de sentir falta. Hoje entendo aquela nostalgia mortal que atacava os negros trazidos escravizados da África – banzo.
Saudade não deveria fazer sofrer nem provocar aperto ruim no peito, nem descompassar o coração e muito menos encher os olhos de lágrimas.
Saudade deveria ajudar a viver, podendo ter cheiro, gosto e som. Até ser colorida e aí viver com a gente toda a vida.
Às vezes é fácil matar a saudade de quase tudo e de quase todos – é só pegar o telefone e ouvir a voz de quem nos falta, voltar àquela cidade da infância, saborear de novo uma comida. A gente só tem saudade de quem ou daquilo que foi ou é importante para nós.
Saudade, às vezes, incomoda porque denuncia a ausência. Ausência que não se fará presença.
E quando bate a saudade da mãe, do pai que já partiu, dos almoços em família, das brincadeiras de infância, do amor perdido, do afago sem hora marcada, da quietude de um passado sem volta, não tem remédio não.
O jeito é chorar que nem a chuva a molhar inteira a vidraça.
Será que um dia isso passa?
Amanhã é Dia dos Pais. Eu que sempre tive uma “PÃE” estou de banzo... Você que ainda tem os dois, ou só um, trata de colher aquela surpresa de um gesto inusitado que foto nenhuma é capaz de capturar – só o momento presença vivido!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

LUA CHEIA

Como toda boa leonina, regida pelo sol, adoro o mar, a praia, o dourado da pele e de “dourados” na pele.
Sem abandonar meu astro rei, confesso descaradamente: sou fascinada pela lua cheia! Seu brilho, luz e uma certa magia me seduzem e me transforma... Nunca saí uivando por aí, mas que transformações acontecem, ah acontecem! Ontem foi dia de lua cheia...
Como suas quatro fases – nova, crescente, cheia e minguante - vou acontecendo diferentemente em cada uma.
A lua nova marca o início de um novo ciclo, simboliza uma oportunidade de recomeço e crescimento. As idéias que borbulham em nossas cabeças devem ser retomadas para, se possível, serem postas em práticas nas próximas fases. Temos uma tendência de ficarmos mais indecisas e introspectivas – caso ou não caso, viajo ou não viajo, mando meu chefe e o meu trabalho para Júpiter ou fico aqui mesmo na Terra? E atenção: nenhuma tomada de decisão nessa fase é recomendado!
A crescente como o próprio nome já diz, é o período de crescimento, de vencer aqueles obstáculos não resolvidos. Nossas idéias e emoções vão se tornando mais claras... Nos tornamos mais sociáveis e capazes, até mesmo, de perdoar aquela criatura que nos fez debulhar em lágrimas.
Aí é chegada a lua cheia, plena, nos iluminando... Sensação de realização, satisfação garantida ou seu dim dim de volta. Estamos mais receptivas e conseguimos até ver “coelho na lua!” Não se anime taaanto... Pois como dizem por aí : “tudo que é bom dura pouco!" Mas enquanto dura... atinja o nível máximo de sua potencialidade e criatividade!
Com a lua minguante paramos para avaliar aquilo que foi feito. E por favor, sem arrependimentos! Somos desafiadas ao crescimento interno e a querer mudar... Ficamos sensíveis, emotivas, a ponto de três dedos cortados em nossas madeixas, no lugar do famoso “só dois dedinhos nas pontas”, ser motivo suficiente para romper relações com nosso cabeleireiro de anos.
Das fases lunares fica o seguinte: enquanto renovamos nosso compromisso com o curso da vida, o curso da vida renova-se em nós, em qualquer fase. Mas cá entre nós: prefiro ficar potencialmente vendo “coelho” em dia de lua cheia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ELOGIOS E SEUS EFEITOS


Estava caminhando acelerada para o consultório quando uma senhora, elegante, me aborda:
-“Deixa eu te perguntar, você corta seu cabelo com quem?”
E eu achando que ela iria me pedir uma informação de rua ou coisa parecida.
Resposta dada - ela já o conhecia de nome – pergunta ainda a localização, o valor, e afirmando que gostaria de um corte igual, agradece e segue seu caminho.
Seguindo o meu, agora mais acelerada ainda, fiquei achando o máximo aquela senhora- olhou, gostou, elogiou, perguntou e foi em frente. Quantas de nós fazem isso? A maioria das vezes ficamos olhando, olhando, quase “secando” a colega e não temos essa coragem...Já escrevi em outro post da dificuldade que percebo nas mulheres, principalmente, em elogiar e quando acontece recebe de resposta um acanhado “obrigado, imagina, são seus olhos!”
Chegando no meu andar reconheço e cumprimento um amigo de uma das minhas irmãs, que estava sentado nas cadeiras:
-
É você Regina? Irmã da Lea?
- Isso mesmo! Tudo bem? Posso ajudar?
-
Tudo. Estou aguardando minha dentista. Você está diferente! Fez alguma coisa?
- ???? Não!
- Emagreceu... (os ponteiros da minha balança não se moveram nem com reza braba!) Ah, já sei! É o corte do cabelo: te remoçou muito (putz... acho que, além da sra lá atrás ter mandado alguma msg telepaticamente pra ele, vamor ter que rever essa história de que nossos maridos, namorados, ficantes não percebem quando tiramos dois dedinhos das pontas),
você está ótima!
Agradeci o elogio “remoçada” – bem melhor que conservada – e entrei pra começar mais uma tarde de trabalho.
Dessa história, que me fez rir sozinha em vários momentos, restou a lembrança de marcar salão para cortar o tal cabelo - já faz dois meses que ele não vê uma tesoura - e de que é muiito bom ganhar elogios assim, inesperadamente.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

POSTANDO COMENTÁRIOS

Penso que todos nós gostamos de retorno, feed back ... Desde que comecei com o blog venho pedindo que após lerem um post, deixem seu comentário. Motivo? Troca, crítica, sugestão, presença, incentivo... Quando recebo uma propaganda de algum lojista amigo, um convite para qualquer tipo de evento, um presente, uma mensagem que me toca de forma especial, tenho o carinho de responder. Motivo? Gratidão, delicadeza por ter sido lembrada, convidada. O tempo "gasto" para tal, é mínimo comparado ao investimento feito na elaboração de qualquer desses já citados. E quem já fez e ainda faz, sabe bem do que estou falando! Há agora uma família, de amigos, que se mudou para o Canadá (está na minha lista de blogs) e Renata pede e ensina, quase implorando rsrsrs, que postem comentários:

"Quanto mais vocês nos escrevem recadinhos, mais felizes ficamos! É assim: No final de cada post, vocês vão ver o link comentários. Cliquem nele e uma janela nova vai aparecer... Nela vocês verão todos os comentários que foram feitos para aquele post. Abaixo, terá uma janelinha para escreverem sua mensagem. Depois, na opção escolher uma identidade, marquem NOME/URL e escrevam seu nome no campo logo abaixo (não precisa preencher o campo URL). Agora é só clicar no botão PUBLICAR COMENTÁRIO e pronto!Lembrem da gente e ficaremos agradecidos".
Quem não gosta de ser lembrado? É tão bom né, Lúcia, Richard, Cláudio, Renata, Pedro, Jú, Syl, Piga, Kleber, Vênica, Santinha, Betes Lúcia C., Rodolfo, Rogério, Elaines, Elianes, Márcias, Rodrigos, Marys, Anas, Patrícias... enfim todo o ABCdário dos amigos, familiares, conhecidos e até mesmo desconhecidos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

DIÁRIO NADA SECRETO


Quem de nós nunca teve um diário? Aquele caderno no qual escrevíamos as brigas com os irmãos, as dificuldades vividas na escola, das melhores amigas, das festinhas que iria ter e da esperança que “ele” te tirasse pra dançar, das tristezas e da raiva quando os pais não nos deixavam ir com a turma na matinê, daquela “popular” que não te dava a mínima bola e a gente querendo tanto fazer parte do grupinho dela, da calça que você queria comprar, mas quando juntasse todas as parcas semanadas, já estaria fora de moda, das paixões unilaterais sentidas, desaguando em lágrimas, embaladas pelo vinil da moda...
Diário que era escondido num lugar super, hiper secreto! O medo de algum irmão enxerido encontrar e ler, nos fazia sempre buscar novos esconderijos para que nenhum Indiana Jones o achasse. Com o tempo esse problema se resolveu - começaram a produzir diários com cadeado e chave! Não peguei essa época, mas minha filha teve vários e às vezes ela não sabia onde tinha escondido a minúscula chave.
O que era super íntimo, privado, se tornou público: o blogger é um diário aberto! Adultos, adolescentes e até mesmo crianças tem um. Escrevemos o que queremos, postamos fotos, descrevemos fatos, externamos nossas emoções. E não adianta nem colocar só as iniciais dos nomes que, pra quem é amigo, sabe-se muito bem decifrar e identificar o abecedário. E para os não tão íntimos, nesse mundinho que se tornou tão pequeno, é só juntar dois mais dois.
Ontem, no consultório, aconteceu algo que dá certa continuidade no post anterior. Atendo o telefone:
- “Queria marcar uma consulta!”
- Quem fala?
- “........” (sem resposta)
- “Queria saber o preço da consulta?”
- Você foi indicado por quem?
- “Não, por ninguém, vi no site.”
- Hum... No site? Você vem aqui e conversamos sobre isso pessoalmente.
- “.......” (silêncio) “Então obrigado.” E desligou o telefone.
Fiquei apreensiva. Não, primeiro foi medo mesmo! Depois uma estranheza – como é possível alguém marcar uma consulta com qualquer profissional da área de saúde sem nenhuma indicação prévia???? Se pedimos uma para eletricistas, bombeiros, mecânicos, vamos entregar nossos corpos e/ou "almas" para alguém localizado num site?! Isso fica para outro post. Aí fiquei "paranóica" - não tenho site nenhum, e aqui (nesse diário) não tem nem meu endereço, nem telefone comercial. Lembrei de André procurando pelo Mano Gil e coloquei meu nome no google - lembre-se que sou uma BIOS - e lá estava, em segundos, não sei quantas páginas abertas com meu nome, endereço e telefone.
Nada virtual (só a busca) estamos todos aí, para sermos encontrados mais fáceis e rápido que agulha no palheiro!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

REENCONTRO VIA INTERNET

Já melhorei muito, mas ainda sou uma BIOS – Bichinho Ignorante Operando o Sistema! Quando penso que estou chegando lá... empaco e preciso sempre da ajuda dos filhos, sobrinhos e amigos. São tantos os recursos oferecidos para que estejamos todos pertinhos, que meu “processador” de aprendizado está sempre defasado. Orkut, face book, my space, msn, caixa postal, sites, links, blogs, twitter… Ufa! E para checar todos eles? Impossível para mim que, até o momento, tento administrar minha caixa postal e meu blog.
Mas nessa última semana aconteceu algo virtualmente real! Recebi um e-mail da minha amiga Elaine, para participar de um “Clube de Receitas” e lá fui eu. Entre patês, mousses, bolinhos de sobras, carnes quebra-galho reencontro uma amiga dos tempos de colégio:
Oi Regina Rozenbaum!
Quanto tempo menina!
(amei a menina) Tudo bem com você??? Você lembra de mim??? (a Síndrome de P.I.A. ainda não me atacou taaanto) kkkkkk
Não pude acreditar quando recebi um e-mail da Maria Clara Paiva Izidoro, a Clara da Plena Empresarial (não sei qual é a sua ligação com ela) de um intercambio de receitas (ligações nada perigosas), ai vi seu nome e não pude acreditar. Será mesmo a Regina do Santo Tomas de Aquino? Na dúvida, resolvi escrever para me certificar. Esse mundo virtual tem dessas coisas, né? (essas e outras) A gente acaba descobrindo pessoas que ha mil anos não vemos. Se for você mesma, (sou!!!) responda dando noticias, assim podemos manter contato, ok?
Beijão enorme e prazer em revê-la!
Patrícia Campos Lima
Mais de trinta anos depois, ela lá na Bahia – numa vila de pescador – e eu aqui em Beagá. Já começamos a tricotar por e-mail, pois ainda tenho que aprender o manejo dos outros recursos que Patrícia e o resto do mundo já utiliza.
Às vezes me horrorizo com a internet e sua assustadora, abusiva, intrometida utilização – golpes aplicados, spams invasores, alertas e por aí vai.
Outras me encanto pelas informações encontradas em fração de segundo, pesquisas, visitas a lugares tão distantes e inimagináveis, atualizações de qualquer parte do mundo!
Agora mesmo meu filho entrou no google para achar o fone do Mano Gil para poder cortar seu cabelo e, pimba, como num passe de mágica estavam lá várias páginas... "O quê não achamos no google, né mãe?"
É! Encontramos, reencontramos, buscamos, somos buscados, compramos, vendemos. Fico lembrando dos tempos que só tínhamos um telefone em casa. E tudo não acontecia? E agora se pretendermos dar um sumiço, vai ser um trabalhão sair desligando todas essas conexões... Quem sabe ir para uma Vila de Pescadores na Bahia não seja um começo? Mas até lá tem internet! E foi assim que Patrícia pôde me reencontrar.

sábado, 1 de agosto de 2009

A GRAÇA DE ESTAR ACOMPANHADA

Já tem um tempo que ando encucada com as novas configurações de casais. De fato com o preconceito em relação às mulheres. Um dos casos é de um conhecido, pra lá de cinquentão, que sempre está com moças no mínimo trinta anos mais jovem. E ele está sempre renovando seu plantel. Ninguém diz nada, a não ser quando ele aparece com alguma, que possui um pânceps de dar “inveja” nas que já tiveram filhos ou já passaram dos quarenta.
Agora, quando uma mulher aparece com um homem nessas mesmas condições – só da diferença de idade - valha-me D’US! E não estou falando das "celebridades femininas" .
Ela não se enxerga?”
“Tem idade pra ser mãe dele!”
“É um menino”.
“É por causa do dinheiro dela”.

Trocando uma idéia sobre o assunto, com um dos meus amados sobrinhos, tive que ouvir, decepcionada, – Ah tia tem dó, é ridícula mulher velha com cara novinho!?!?
Mas homem velho com mocinhas é aceitável, né? Gostaria de saber os motivos... E não me venham com respostas antropológicas, sociológicas, culturológicas. Não há lógica, só emoção.
Danielle Mitterrand diz o seguinte: “É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos amar de forma diferente”.
E Simone de Beauvoir: “Temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida”. Ela e Sartre optaram por não serem regidos por códigos preestabelecidos construindo uma vida à sua maneira.
Quero iniciar uma campanha: Viva feliz hoje”. Só por hoje se apaixone por você, recupere a adolescência perdida se tornando audaciosa, sedutora, jovem – paixão rejuvenesce mais que botox e fazemos uma economia... Se isso incluir um homem 10, 15, 20 ou 30 anos mais jovem que você, lembre-se: é a sua chance de se reinventar, de recuperar o tempo que perdeu, aprisionada, dizendo aos quatro ventos o que podia e o que não podia. É a graça de estar acompanhada por quem você quer!
Vai, vai, vai... amar/vai, vai, vai... chorar/vai, vai, vai... sofrer”. (Vinicius de Moraes)
Na verdade tudo que precisamos é simplesmente VIVER FELIZ HOJE! Você me acompanha?