Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

domingo, 2 de janeiro de 2011

TARDE SOLIDÁRIA EM CASA BRANCA... (Tinha de ser)

Passados os dias, semanas do choque inicial e de todo Brasil se solidarizando com a tragédia que se abateu no Rio de Janeiro recebo um convite. Não mais um. Especial. 
Seus anfitriões, Dante e José Alberto, abriram seu espaço para ajudar às vítimas.  As doações e o dinheiro arrecadado com os ingressos vão para quem carece. Carência de muitos ao longo dos dias, meses, anos. Não é necessária uma catástrofe metereológica para ajudar. Saímos com um dia ensolarado rumo à Casa Branca. A estrada sinuosa, cheia de curvas, não me impediu de apreciar a grandiosidade das montanhas da Serra do Rola Moça. Olho para cada uma e em instantes - num trailer mental -vem as imagens da tragédia. Envio energia para tantos e agradeço por mais essa chance que a vida me dá. 
Chegamos bem antes de o concerto começar. Alguns músicos e cantores estão dando seus acordes finais. Como num prenúncio nuvens – do nada – se formam e trovões dão o tom da mãe natureza.  Renato Motha, Patrícia Lobato, Edson Fernando e Felipe Andra iniciam,com mantras lindos, o acalentamento de minh'alma. Lá fora o som da chuva – manso – faz fundo. Entra Rita Medeiros acompanhada no piano por Robério Molinari e, numa Ave Maria que retumba, faz a essência chorar... Agora, as águas que caem são da emoção de cada um e de todos nós. 
Os cantores líricos Helen e Nestor nos brindam com árias. La Bohème de Pucinni (final do 1º ato), Bach, e o “poeta do piano” Schumann são interpretados de maneira ímpar pela pianista Rosiane Lemos. Nessa mistura entre o clássico e MPB a tarde cai nos envolvendo. E me lembro que tudo nasce pequeno e cresce. Somente a(s) desgraça(s) nasce(m) grande(s) e se apequena(m).(RR)
Me conta aí se essa música não é linda de viverrrr?!?!
Tinha de ser (Renato Motha e Fernando Brant)
Seguir seu caminhar
Viver o meu viver
E tudo dividir

O amor chegou assim em nós
Foi entrando sem bater
Veio assim sem avisar

Você me abraçou
E então foi que eu nasci
Eu respirei
E me entreguei inteiro

Tinha de ser
Sua mão na minha mão
Minha palavra em sua voz

Tinha de ser
Coração no coração
Seu jeito de pedir
Meu jeito de querer
O rio e o mar
E o nosso olhar dizendo
Tinha de ser
O amor chegou assim em nós



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