Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

terça-feira, 30 de abril de 2013

ÊITA VIDA...VIDÃO

Prosa até na cerca!
A vida é bela. O tempo é generoso. E lá ia eu de novo com meus adjetivos. Mas esta não é a escolha. Hoje, a vida está substantiva. Limão colhido no pé. Couve cultivada na horta. Casais de amigos. Feijoada do tamanho da vontade. Lua iluminando lá fora e assombrando o encantamento. O lado de dentro e o lado de fora. Estrelas que sutilizam a noite.
A vida é susbtantiva no fazer e no não fazer nada, porque foi sábado e domingo também em Santa Matilde. Teve preguiça, capela, calma, oração, gratidão, comida, garfo, faca, gosto (tira e põe), conversa, riso, depois do riso, gargalhada, cama pra uns. Vinho, mexe-mexe, pontos de vista convergentes e divergentes também. Domingo feito criança, com sol, céu limpo, cavalo, cachorro, cerveja, despedida, palavra-cruzada, livro, filme, um convite amigo, estrada, despedida do fim de semana. Tem muito no fim de semana substantivo, menos medo da segunda, terça, quarta...
 
Clube do Bolinha lá fora...
Luluzinha na cozinha...onde mais poderia ser???
Posando de amazona rsrs
Ah... que falta faz uma objetiva beeem grande!
Não me canso dessa perfeição divina
Majestosa...aroma de baunilha!

terça-feira, 23 de abril de 2013

IEDA E PREMAMETTA

Ieda e uma de suas 100 crianças!

Tenho em mim todos os sonhos do mundo. Essa frase foi escrita pelo poeta Fernando Pessoa e representa algo em comum a quase todas as pessoas. Ao longo de uma vida, muitos são os sonhos imaginados, mas poucos são aqueles realizados. É muito bom sonhar algo, mas melhor ainda é a sua realização! Ieda sonha e concretiza. Ieda não venceu o concurso Miss Universo, mas ganhou estradas desse nosso mundão contadas lá no seu Caminhos por onde andei. Já morou em vários países e compartilha com a gente dicas e sugestões. E foi num desses caminhos que se encantou com a Índia, principalmente, com suas crianças numa cidade de nome Bodhgaya. Se sensibilizou com a pobreza extrema e dificuldades enfrentadas em relação à saúde e educação. Não que aqui, em nosso país, não exista, e creem que por aqui ela sempre fez também! E ela explica o porquê de sua escolha ser lá. Decidiu adotá-las e vem há um ano mexendo nesse projeto bacanérrimo que de tão sonhado vem se realizando. Gerúndio mesmo, pois está em plena ação. Na coluna do Augusto Nunes da revista VEJA tem uma entrevista com ela explicando tudim. Hoje venho convidar cada um de vocês para conhecer esse trabalho e ajudar! Preciso de pouco para fazer muito pelas crianças é seu lema. Com dois reais ela compra uma sandália... Ela não se cansa de repetir que qualquer doação é muiiiito bem-vinda e que não precisamos nos envergonhar em doar qualquer valor. É prazeroso por demais saber que contribuimos com um tijolo, um remédio, uma roupinha ou brinquedo, né mesmo?! Abaixo tem as várias maneiras de você ajudar um cadiquim. Assista o vídeo também. Só posso deixar meu OBRIAGADA!!!
"Meu nome é Iêda Dias (brasileira) e estou morando em Bodhgaya-Índia, estado de Bihar, trabalhando como voluntária na Prema Metta Orphanage School Trust e ajudando a melhorar a vida destas crianças. Somente com educação, e educação profissionalizante (projeto) estas crianças poderão fazer alguma diferença em suas vidas e de suas famílias. Dar a estas crianças confiança em si próprias e mostrar a elas o seu valor e o seu potencial é um dos meus maiores objetivos aqui em Bodhgaya. E principalmente, mostrar as meninas, que elas precisam e podem muito mudar esta situação de pobreza e de ignorância que acontece nesta região da Índia. Mostrar que elas não são inferiores aos meninos. Mostrar que o ser humano precisa olhar o outro na altura dos olhos. Ninguem tem que abaixar ou olhar com superioridade. Todos temos o nosso grande valor.
A primeira vez que vim à Índia foi em 1981, mas a paixão pelo país, suas cores, cultura e povo vem desde a minha adolescência. Já morei em alguns países como EUA, Iraque, França, Inglaterra, Israel, e a Ásia é o continente que mais me atrai. Então, depois que me aposentei pensei: quero passar pelo menos um mês na Índia. Plantar em alguma cidade e viver como um nativo. E tive a sorte de cair em Bodhgaya. E a sorte de conhecer logo no primeiro dia este projeto através do seu idealizador.
Não deu mais pra pra voltar pra casa. Quero trabalhar muito, ocupar meu corpo, minha mente e minha energia com tudo que puder fazer pra poder dar um futuro melhor para estas crianças. Potencial pra isso elas tem de sobra.
No deserto do Iraque observei que o ano todo a terra rachava de secura. Bastava uma semana de chuva fina, pra que nos dias seguintes a areia se transformasse em verde. Em um tapete verde.
Esta é a minha visão para um futuro próximo. Vejo estas crianças como a terra árida do deserto. Só precisam ser regadas e elas darão frutos e flores da melhor qualidade. As sementes estão adormecidas em seus coraçõezinhos.
Como eu sempre digo a ideia é minha o sonho é meu. Mas, se você quiser me ajudar eu vou ficar muito feliz. Juntos vamos mais rápido. Criança cresce depressa e não temos tempo a perder.
Este é o meu sonho para as crianças da Prema Metta em  Bodhgaya!"



                           PRA AJUDAR NOSSO PROJETO FAÇA SUA DOAÇÃO AQUI: 

                                                                      IEDA DIAS
                                                                           HSBC
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AGENCIA 1561
CONTA 0831621
CPF 156643506 44

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CAIXA ECONOMICA FEDERAL
IEDA DIAS
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CONTA POUPANÇA 013
AGENCIA 2381
CONTA 000186058
CPF 156643506 44

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

DO QUE TODOS SENTEM




Não sei como e nem quando foi que nos encontramos nessa blogosfera. Mas, asseguro que foi paixão a primeira visita. A delicadeza de suas postagens, imagens, vídeos, frases escolhidas com o dedo da alma me cativaram. E cativa de tanta beleza uso e abuso, em minhas postagens e lá no face, da arte que minha amaaada minina Karin Izumi faz. Provavelmente muitos de vocês têm PPS formatados por ela. Um capricho que só! Quando quero ilustrar algo vou em busca lá no índice de seu blog. De saudade não encontrei, e assim, com a cara de jacarandá que D’us me deu, fiz a encomenda. De imediato a minina Ká me questionou: Rê é saudade ou falta? E demonstrou sua questão com uma frase da Tati Bernadi: “Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter”.
E eu repliquei em discordância: Saudade Ká e falta tb… dentro do que a Tati escreveu. E que não concordo com a definição dela de saudade (certeza que a pessoa vai voltar!?) não sentimos saudades só de pessoas, pelo menos euzinha não rsrs. E quando são delas e elas não estão mais nesse plano? Volta não! Aí é somente falta?!
E ela triplicou: Reee… Concordo com você. A frase não expressou de fato o que eu estava tentando dizer! Pense comigo, se a saudade sempre está relacionada com uma alegria passada, e quando é lembrada pode-se dizer, ‘Ah que saudade daquele tempo’ (com alegria) e no mesmo instante pensar, `mas não tenho mais isso’, e logo em seguida se sentir triste… A saudade acompanhada da falta e consequentemente dor, não é chamada de apego? Eu não consigo entender saudade relacionada com dor ou carência porque acho que sempre está relacionada com momentos felizes, mas entendi o que você quis dizer!
Bem tênue essa linha divisória, se é que há, entre esses substantivos. Falta é privação, deficiência, falha. Mas pode sim significar ausência, carência de algo ou alguém. Saudade é mesmo um trem... Como falamos por aqui nas minhas Gerais, quando a definição nos escapa. Não é à toa que em muitas línguas não existe correlata e somente o sentir falta. Sua origem é dos tempos dos escravos... Que ficavam com "banzo". Geralmente usavam esta palavra quando sentiam saudades ou falta muito dolorosa, de seu lugar de origem ou de uma pessoa em especial. Muitos morriam de banzo, ou melhor, durante o período do banzo. Nunca senti saudades de algo ou alguém que fosse desprazeroso, evocasse tristeza ou lamentação. Eu hein?! Só mesmo se baixasse minha porção Madame – totalmente - SurtÔ (saudades dela). Que ela doa é bem verdade. Com o tempo amansa, fica assim domesticado esse trem que, a princípio, corre desgovernado dentro da gente. Ou quem sabe a alma cria calo?! De abstrata só mesmo sua classificação. Minhas saudades são bem concretas! Remetem-me às pessoas, situações, lugares, onde vivi alegrias. Bom demais pagar esse preço! E você? Sente falta ou saudade? Conta pra mim?!
(Imagem: Karin Izumi)

terça-feira, 2 de abril de 2013

DIAS FELIZES



Sapucaia servindo de ninho pros passarinhos
Sempre achei adjetivo próprio do que é bom e bonito. Eles despontam na frase para qualificar o dia maravilhoso, a vida gratificante, a amizade generosa, o trabalho revigorante... Estranhava-me que as regras da boa redação indicassem o uso comedido. Adjetivo é exibido. Hoje, eu sei que posso usar bastante, fazendo da transgressão uma nova regra. Aliás, ignoro até que o adjetivo se aplica também ao dia cinza, à vida estressante, à amizade interesseira, ao trabalho ruim... No texto que escrevo, adjetivos reinam fartos e bonitos. Porque, no final das contas, quem escolhe o que entra na história da minha vida sou eu. Adjetivo é a orquídea florida, bacalhoada deliciosa, feijão mexicano, é a prosa alegre, goiaba vermelha, cerveja gelada, é o convite sempre bem-vindo, é o passeio completo, é a fazenda Santa Matilde do Zé e da Syl. Foram dias santos e “pecadores” de pequenas felicidades! Obriagada meus amados.
Orquídea florida
Manacá prenho
Rabo de Galo simples e lindo!
Max e seu amigo Bob
Fase de salivação...só no aguardo!
Fase de degustação: bacalhau delicioso!
Dia chuvoso? Feijão mexicano ensolarado de baum!
Cenourinhas de chocolate no domingo de páscoa. Ô coelhinha Syl... boazinha que só!