Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

NOTÍCIAS DE CÁ



Oi! Tudo bem? Quatro anos sem notícias suas é tempo demais! Não creio que seus afazeres, por aí, sejam tantos e sua agenda tão ocupada, que não possa tirar uns minutinhos para dar um olá. Ok. Paro de me queixar e tentarei fazer um resumão desse último ano. Sua bisneta é uma graça falante e observadora. Fez dois aninhos, mas parece que tem mais, tamanha esperteza. Canta as músicas da moda, tem uma memória associativa e lógica que nos deixa de queixo caído. Felipe e Henrique de uma inteligência bem característica dessa nova geração. Acho que nasceram com um tipo de chip até então inexistente em minha geração. Se te contar que Felipe – 11 anos - me corrige no inglês vai acreditar? Pois creia. Henrique – da altura de seus 07 – ensina que a vida não é fácil... Porque “minha mãe não me leva no hot zone”. Daniela entrou na faculdade de administração e André se forma em Ciências do Estado e Administração Pública quando dezembro chegar. Ambos namorando e com isso tenho mais uma função: sogra. Ainda não me acostumei com esse status. Ou seria com a designação? Juliana fez 40 e é a mais nova loba da família. Um dos genros 70. E assim tivemos muitas celebrações de vida. Umas doenças, nada grave, humores deprimidos, dores de alma. Nada que algum tipo de tratamento e medicações específicas não resolvesse. A vida, por aqui, vai seguindo seu curso. O trabalho doméstico exaustivo (já desisti de me acostumar com essa nova realidade) e em muitos momentos me lembro de falas históricas: “um (a) só pra fazer e um batalhão para desarrumar”... “cozinha pra um é igual cozinha pra muitos”... “lavo hoje o que não sei se posso fazer amanhã”... É bem isso. As angústias inerentes ao como será o amanhã, o que irá me acontecer...  Tento deixá-las para o dia seguinte e a vivência nossa, surpreendente, de cada dia.


Agora vamos à saudade. Essa danada que não desinstala e pulsa diária. Hoje mais. Hoje imaginando o que estão preparando para você por aí. Quase todos os irmãos (Tio Juca teve uns probleminhas, mas sei que vocês o ajudaram), amigos, Vovó e seus dois amores, enfim uma galera para celebrar seus 91. Ah que festa hein??? E nem para enviar um convite... com RSPV. Você sabe que eu teria que declinar, tenho ainda muito a aprender, vivenciar, por aqui, mas ficaria honrada só com o convite. De penetra, como você ensinou, jamais. Desejo que seja assim, uma alegria de celebração como você bem gosta! Feliz Aniversário Mãe!
Com amor eterno de sua filha “caçulinha”
Regina
PS: "Mande notícias de lá".
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CAVALO SELADO... 3 EM 1



Tela de Amilcar de Castro

O convite, em plena quarta-feira, era para assistir a um show de chorinho em homenagem a Ernesto Nazareth 150 anos depois. Ernesto “é fruto do modelo musical do Brasil da virada do século 19 pro 20, quando sua cidade natal – o Rio de Janeiro era apelidado de A cidade dos pianos”. Ernesto Nazareth – 150 anos depois, o projeto, “abrange não só suas origens, mas sua capacidade de permear e influir em outros estilos. Pincela os mais variados matizes deste grande músico, unanimidade aqui e lá fora, onde muitos musicólogos o preferem a Scott Joplin e onde seu suingue já fez deslizar Fred Astaire e Ginger Rogers no cinema”. (Mário de Aratanha)
O local o Centro Cultural Banco do Brasil na Praça da Liberdade. Deixe-me contar. A praça foi feita para abrigar a sede do poder mineiro, os prédios do Palácio do Governo e das primeiras Secretarias de Estado: viação, educação, segurança pública e obedece a tendência da época - estilo eclético com elementos neoclássicos.  Já há algum tempo e com a criação da cidade administrativa essas secretarias veem sofrendo restaurações e todas se transformaram no que hoje é chamado Circuito Cultural Praça da Liberdade: CCBB, Espaço do Conhecimento, Museu das Minas e do Metal, Centro de Arte Popular. Ainda não conhecia o CCBB, antiga secretaria de segurança e assistência pública: "O prédio de seis andares, ao lado do Edifício Niemeyer, é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Seu projeto arquitetônico foi concebido por ninguém menos que Luiz Signorelli, fundador da Escola de Arquitetura de Minas Gerais. De estilo eclético, com influências neoclássicas e art déco, o prédio foi inaugurado em mil novecentos e trinta para sediar a Secretaria de Segurança e Assistência Pública."

O prédio é ma-ra-vi-lho-so! Tem uma escada majestosa no hall de entrada do edifício. Feita em granito, ela ganha destaque com seu corpo em metal e vitrais ao fundo. E quando visito locais assim tenho que confessar: a sensação é que já vivi essas épocas. Sinto-me íntima mesmo. Amo edifícios antigos, palácios e congêneres. Esse foi o segundo cavalinho selado. Já lá dentro chegou o terceiro: a exposição de Amilcar de Castro. Esse senhor é um dos maiores artistas mineiros de todos os tempos e um dos mais significativos da arte brasileira do século XX. Descobri que ele também é poeta.

“Foi quando e de repente descobri

que o avesso das águas guarda o segredo da vida

e que escultura é pedra do fundo do rio.

O segredo está em consegui-la sem molhar as mãos.”.
“Escultura é a descoberta da forma do silêncio
Onde a luz guarda a sombra e comove”.
Quanto ao show uma belezura para os ouvidos da alma. Antônio Adolfo trio criou para o projeto o “Nazareth com Jazz”. Arranjos deliciosos que nos faz pedir bis. 
Voltei feliz pra casa, por esse cavalo 3 em 1, que nem fazem ideia!
(Fontes: google imagens e wikipédia)

sábado, 16 de novembro de 2013

ESSES TREM



                      
                             
                            Saber o que você prefere, em vez de
              humildemente dizer amém ao que o mundo
              lhe diz que deveria preferir, é
              manter a alma viva. (Robert Louis Stevenson)
Acordei pensando uns trens (como falamos por aqui quando não há definição). Um amigo se separou, faz três meses, e continua tendo que morar na casa com a ex. Motivo: não tem carteira assinada, trabalho fixo e assim não consegue alugar um cantinho via imobiliária.
A prosperidade é uma parte fundamental da vida. Ainda assim, muitas pessoas têm dificuldade para desenvolvê-la e mantê-la. Eu, infelizmente, tôdentro dessa turma. Acredito que isso ocorre porque pensamos na prosperidade como algo que destrói a vida humana, animal, vegetal, nos oceanos, a vida no ar e própria Terra. Na verdade, é o nosso conceito de prosperidade que deve mudar. É claro que onde quer que haja uma necessidade de mudança sempre haverá pessoas que prefeririam morrer ou matar em nome da tradição, e muitas vezes em nome de D’us, a deixar que algo novo e bom aconteça. E eu, felizmente, tôfora dessa outra turma.
O milênio predominantemente masculino dos anos 1000 converteu-se agora nos femininos anos 2000. Tudo está mudando. Por que os últimos mil anos foram uma sucessão lamentável de guerras e de inúmeras formas de manipulação? Porque não aprendemos que a paz não pode existir sem liberdade. Pode ser que as mulheres não governem o mundo num futuro próximo, mas a energia feminina, que existe tanto nas mulheres quanto nos homens, terá oportunidade para se expressar no seu modo natural – emocionalmente.
Para o nosso futuro é imperativo que observemos e aceitemos o que está acontecendo de verdade no mundo. Durante todo esse ano, que logo termina, a questão fundamental é a de que como nós poderemos assegurar um futuro calmo, próspero e bem-sucedido para nós e para nossa família! Sigamos as pistas.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

APRENDA A GOSTAR DE VOCÊ



Com o passar do tempo,
nossas prioridades vão mudando...
A vida profissional,
a monografia de final de curso,
as contas a pagar.
Mas, uma coisa parece estar sempre presente:
a busca pela felicidade.
Desde pequenos ficamos nos perguntando:
- Quando será que vai chegar?
E a cada nova paquera, vez ou outra,
nos pegamos na dúvida:
- Será que é ele?
Como diz o meu pai:
- Nessa idade tudo é definitivo.
Pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos,
o lugar da lua-de-mel e, de repente... plaft!
Como num passe de mágica ele desaparecia,
fazendo criar mais expectativas
a respeito do próximo.
Você percebe que cair na guerra
quando se termina um namoro é muito natural,
mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor
e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, bem resolvido,
inteligente, com aquele papo
que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém
que cuide de você quando está doente,
que não reclame em trocar
aquele churrasco dos amigos
pelo aniversário da sua avó,
que sorria de felicidade quando te olha,
mesmo quando está de short,
camiseta e chinelo.
A gente inventa um monte
de desculpas esfarrapadas,
mas continuamos com a procura incessante
por uma pessoa legal,
que nos complete e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume,
vamos à luta...
Mas, bom mesmo, é se divertir com as amigas,
rir até doer a barriga,
fazer aqueles passinhos bregas de antigamente.
Olhar para o teto, cantar bem alto
aquela música que você adora.
Com o tempo, você vai percebendo
que para ser feliz com uma outra pessoa,
você precisa, em primeiro lugar,
não precisar dela.
Percebe também que aquele cara
que você ama (ou acha que ama),
e que não quer nada com você,
definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas,
Você vai achar
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você! ( Atribuído a Mário Quintana)

Não cabulei aula, mas a vida insisti em mostrar que sim. Já perdi a conta de quantas vezes refiz a lição. Na matemática da vida não há resultado correto e muito menos problema de fácil solução. Cuidar do meu jardim? Não dispenso um fiel jardineiro que faça desabrochar todas as flores!