Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

DAS PEQUENAS PRECIOSIDADES



Sábado nove horas da manhã. Acordo naturalmente e por uma curta fração de tempo me sinto confusa. Silêncio. Tento me localizar. Sim, estou desperta e no meu quarto. Quase não creio na ausência de sons e por esse simples motivo sorrio, num espreguiçamento feliz. É mesmo verdade que o Homem é um ser adaptativo tanto quanto a história que só dá, realmente, valor quando perde algo. Lembram-se da minha mangueira? Faz alguns meses que a perdi e junto ganhei vieram os tratores, serras elétricas, betoneiras e as vozes dos trabalhadores. De segunda a sexta, das sete da manhã até às cinco da tarde, sou obrigada a conviver com o que se tornará mais um espigão. Não sei bem se a palavra é costume, mas me adaptei ao barulho. Não tenho o que fazer. Nesse acomodamento foi o susto que tomei ao despertar sem nenhum tipo de barulho externo. Somente pelo fato do corpo e da mente já estarem descansados e prontos para mais um dia. Fiquei pensando como a gente se esquece de pequenos grandes detalhes que nos habituamos no dia a dia. Como o silêncio. Que podemos quebrar ou não de acordo com nossa vontade. Mas só quando é interrompido externamente e numa certa constância é que percebemos quão precioso ele era enquanto existia! Agora já estou à procura de soluções. Não para o barulho, pois esse continuará até o término da obra. Para os vidros da cozinha e área de serviço (ficou muito devassado) e para minha mangueira. Compro mais uns vasos de plantas e espalho pela casa. Claro que não terei mais os passarinhos bicando os frutos ou fazendo um ninho. Nem seu canto. Mas trago o verde para mais perto e suspiro. Afinal, esperança é também uma pequena preciosidade. E essa não perco jamais!
Imagem: (http://karinizumi.wordpress.com/)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

DIA DE REIS


Brindando!

Segunda-feira, dia 06 de janeiro, comemorou-se o Dia de Reis. Para mim essa data chegou por meio de uma das minhas irmãs que aprendeu com o pai de uma grande amiga. Um ritual e/ou simpatia para não faltar saúde e dinheiro para nossa vida prosperar ao longo de todo o ano. Acendo velas para que, tal como a estrela, tenhamos luz e sejamos guiados e iluminados pelos caminhos que escolhermos. Preparo uma mesa farta, com capricho e romã, simbolizando a abundância desejada e o amor em receber meus amados. Bebemos vinho para celebrar e agradecer nossa saúde e a chegada dessa data festiva, protegidos e em segurança. E claro, oramos a ELE!
Procurei na internet e encontrei vários rituais. Na página www.maishoroscopo.com.br achei esses que deixo aqui para vocês. O meu desejo? Bem simples: Que tenhamos, todos, um ano de saúde, iluminado e próspero!!!
Um banho especial: Reserve um tempo maior para tomar um banho especial. Além de usar todos os produtos que lhe agradem e que o façam sentir bem, como sais de banho, óleos, ervas e perfumes, procure dar uma dimensão maior ao ato de se banhar. Caso esteja no chuveiro, imagine que está embaixo de uma cascata de luz, que lava não só seu corpo, mas sua alma. Na banheira, imagine que a água é feita de um material radiante, que penetra e purifica seu corpo. Em ambos os casos, deixe que todas as coisas que o deixam infeliz escorram pelo ralo.
Os dons que recebe: Depois do banho, que tal receber seus “presentes” do dia de Reis? Feche os olhos, imagine que os Três Reis Magos trazem um dom cada um receba com alegria seus presentes, invente a sua própria maneira de interagir com este momento. Baralho de palavras: Faça uma lista de qualidades que admira. Quanto mais longa, melhor. Cada uma deve ser definida em uma só palavra. Alguns exemplos: “determinação”, “coragem”, “fé”, “criatividade”, “intuição”, “honestidade”. Sugiro que ande com a lista entre hoje e o Dia de Reis, para ir acrescentando palavras quando se lembrar. Recorte pedaços iguais de cartolina ou qualquer papel mais duro, no mesmo número que o de palavras que você colocou em sua lista. Escreva uma palavra em cada pedaço de papel. Com isso, você terá o seu próprio baralho de palavras-chave. Use o baralho para retirar uma carta todas as semanas e trabalhar uma qualidade que desejo desenvolver. Com o baralho pronto, faça uma meditação. Visualize os Reis Magos chegando e lhe dizendo para retirar três cartas que serão os dons que eles lhe darão neste ano. Retire três cartas do baralho. A seguir, anote que cartas retirou e que associações você faz entre cada uma das cartas e seu momento de vida atual. Guarde essas anotações e as consulte de vez em quando durante o ano – você poderá ter bons insights.
A visita dos Reis:
Se você tem facilidade para fazer exercícios de imaginação ativa, o ideal é que você faça uma meditação em que se vê presente na manjedoura. Sentado, com as costas eretas, mas sem tensão, respire profundamente até se sentir relaxado. A seguir, se veja na manjedoura, observando Nossa Senhora cuidando do Menino Jesus. Veja os Três Reis chegando e entregando os presentes do Menino Jesus. Procure visualizar tudo em detalhes, sentir os cheiros, o ambiente, ver as cores, os objetos. Depois de entregarem os presentes, os Reis Magos percebem a sua discreta presença em um canto. Eles se dirigem a você. Um deles diz também que trouxeram presentes para você – podem ser informações, insights, dons, deixe que sua imaginação conduza a meditação daí para frente. Escute atentamente o que eles lhe dizem e preste atenção no que fazem. Ao final, agradeça e respirando lentamente volte ao estado desperto. A seguir anote tudo – e como no caso anterior guarde as anotações.
Os dons multiplicados: Tudo o que se recebe é para ser compartilhado. Assim, depois de ver que dons os Reis Magos me deram, reflita sobre como posso utilizá-los em benefício de todos na vida cotidiana. Faça essa reflexão por escrito, procurando estabelecer metas e objetivos claros, pois a prática espiritual se faz de um compromisso claro com nossa evolução e mudança. Esta é uma forma de multiplicar o alimento espiritual que recebe. Isso pode resultar em decisões bem prosaicas, mas de grande significado. Se os Reis Magos lhe dão, por exemplo, o dom da coragem, isso pode se manifestar na sua vida cotidiana como a coragem de sair e procurar um novo emprego, escapando de uma situação profissional desagradável. Isso é espiritual? Claro que é. Procurar ser feliz é a nossa primeira obrigação espiritual. E isso o tornará mais feliz e capaz de partilhar a felicidade. Procure estabelecer mais de uma forma de multiplicação para cada um dos dons. Mas não exagere. Evoluir é um trabalho lento, e muitas vezes se perde ou imobiliza por desejar ir rápido demais ou fazer muitas coisas. É preferível evoluir um pouco a cada dia do que pretender mudanças muito rápidas e, depois de alguns dias, desistir de tudo por causa do desânimo e cansaço, seja persistente.
Agradecendo os presentes: Finalize agradecendo os presentes que recebe dos Reis à sua maneira. Você pode fazer isso de várias formas: dizendo uma prece, acendendo uma vela, colocando flores diante de uma imagem. Encontre a sua forma de ser grato.
Amados meus!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

BODAS DE MADEIRA



Quando a gente inicia um namoro penso que não sabemos se irá vingar. A gente, simplesmente, vai vivendo. Jamais imaginei que meu namoro aqui duraria tantos anos! É isso. Hoje comemoro bodas de madeira do Divã. Cinco anos de um relacionamento que me trouxe muitos amigos, alegrias, questões, respostas, apoio, carinho e amor. Para aqueles que não tem um blog creio que é mais difícil entender esse casamento. Quantas vezes ouvi da família que é “uma perda de tempo”?! E na mesma quantidade respondo: ai de mim se não o tivesse! Tenho saudades, muitas, de alguns que não mais aparecem por aqui. Ao mesmo tempo fico numa alegria, vocês nem imaginam, por aqueles que continuam firmes e fortes deitando-se no nosso Divã!  Fui pesquisar o motivo da escolha da madeira para simbolizar esses cinco anos. Ela é reconhecida por ser forte e duradoura. Significa que esse casamento está se fortalecendo, criando raízes e tronco forte para continuar trilhando um caminho de paz, harmonia e muito amor. Posso querer mais??? Então só digo mesmo meu OBRIAGADA, a cada um de vocês, por essa vivência amorosa de ser!  Que em 2014 possamos continuar juntinhus e garradus. AMOCÊS sempre!!!
Pq rir é ainda o melhor remédio!