Hoje já faz seis anos que você
nos deixou. Naquela terça-feira à noite algo me impedia de sair do CTI e
descansar de um plantão, que havia começado às sete da manhã. Foi com a
promessa do coordenador, que qualquer coisa me ligava, que fui embora.
Logo
voltei e ainda pude - um privilégio - ficar de mãos dadas com você enquanto, serenamente,
você fazia a passagem.
Hoje, não venho
falar das saudades. Porque essas danadas, mesmo acomodadas pulsam diárias.
Venho lhe contar as últimas novas.
Este 2015 começou com a perda de nosso tio Juca,
seu único irmão que ainda estava por aqui. Posso imaginar que a alegria de
vocês, em recebê-lo por aí, foi proporcional a nossa tristeza em despedir de
quem, invariavelmente, trazia você e todos os outros tios em presença.
Logo em seguida veio a maioridade
judaica de seu primeiro bisneto! Felipe rezou lindamente, fazendo valer muito
mais que uma tradição: a perpetuação da família! A festa foi maravilhosa com
aquela animação e alegria que você adorava. Depois, o aniversário de 40 anos de
seu primeiro neto. Nem te conto que beleza!!! Arranjos florais de hortênsias.
Uma de suas prediletas!
E, nesse mês, o milagre da vida se fez novamente:
nascimento do seu quarto bisneto! Eduardo chegou como qualquer bebê: renovando
a VIDA e iniciando novo ciclo. Lembramo-nos de você mãe, pois a história se
repetiu. Seu cabelo é tão vermelho que você diria o mesmo que disse quando seu
pai nasceu: por que as enfermeiras passaram mercúrio cromo na cabeça dele???!!!
Ele é calmo, tranquilo, e estamos todos ba-ban-do.
É isso mãe. Em três meses
esse carrossel de emoções! Continue a olhar por todos nós, protegendo, iluminando
e guiando seus frutos. E os frutos de seus frutos. Ah, quando puder mande
notícias daí!
Com amor eterno
Sua caçulinha