Ondas elevam-se e, em seguida, arrebentam-se.
Entre uma e outra, fica uma lacuna, um fragmento de segundo, em que o que há é
o nada. Mas o tempo passa e outra onda sempre vem... E vai. Como, aliás, quase
tudo na vida. Na transitoriedade dos momentos, o que há de perene é o espírito,
são os sentimentos, é o conhecimento. O resto passa. E se quase tudo passa,
neste sábado que parecia vazio de opções, escolhi o bonito e mais duradouro
para mim. E o leque da felicidade se abriu em escolhas.
Primeiro, uma tarde de cochilo merecido, que
não foi bem uma escolha, mas um imperativo do cansaço de noites insones. Depois
do sono, banho morno com aquele sabonete especial, roupa velha, de ficar em
casa, mas que conta histórias se falasse. Um canto ventilado, uma taça de vinho
e a constatação, abismada, que já estou no segundo mês de um novo ano. Assim,
como só acontece quando se desacelera, o tempo passou a fluir.
Aproveitar o tempo não tinha mais importância e
eu fui chegando mansa de onde estava brava, lá, onde a vida me ocupou demais.
Desocupei-me felizmente.
Fiquei feliz. Nesse sentimento, não tinha nada de euforia, de alegria, do entusiasmo de um encontro inesperado. Tinha a paz de ser e a opção de estar. Primeiro, fiquei quieta, observando, para não assustar a fera em repouso. Depois movi-me devagar...
Fiquei feliz. Nesse sentimento, não tinha nada de euforia, de alegria, do entusiasmo de um encontro inesperado. Tinha a paz de ser e a opção de estar. Primeiro, fiquei quieta, observando, para não assustar a fera em repouso. Depois movi-me devagar...
Devagar e sem premeditar, fui até a gaveta dos
bons guardados e, de lá, resgatei um
incenso suave, uma vela de mel, presentes de pessoas queridas.
O meu canto
ganhou vida e minha vida mais sentido.
Reencontrei um CD que pensei desaparecido e
senti a eternidade soar em mim. Viver com o coração aberto é ter boa companhia.
De um jeito ou de outro, algumas pessoas estiveram comigo e eu compartilhei
minha felicidade com um mundo de gente. Sinta-se comigo também, porque estou em
cada palavra.
Tuas palavras são tocantes... Viver com o coração aberto dá essa leveza na vida e no viver! LINDO TE LER! bjs, chica
ResponderExcluirChiquita amaaada, sempre bom ter vc por aqui...prestigiando essa blogueira "vagaba" sumida que só né? Obrigada!!!
ExcluirBeijo
Foi um bom dia esse não ?!!!
ResponderExcluirÉ sempre um prazer ler-te minha amiga!!!
Sim meu querido, mais um dia que ratificamos que a vida, a despeito de toda dificuldade, vale a pena de ser vividamente vivida!
ExcluirBeijão
Te ler foi como se te ouvisse, em cada ondulação desse minerês que amo... verdade Rê, vc está em todas as palavras, num texto inteligente, profundo e sensível como vc é!
ResponderExcluirConheci um pouquinho desse teu jeito contemplativo, e admirando muito a essência de teu Ser "ouço tuas palavras" com infinita gratidão pela sabedoria que transmitem. Um convite pra relaxar que não se consegue recusar!!!! Amocê di viver minha irmiga, saudade grande pra matar, né?!
Bjãozão cheeeeeeio de carinho!
Dê minha irmiga_maaada sua leitura é sempre amorosa e de uma sensibilidade ímpar! Talvez afinidade nesse nosso SER, talvez a identificação de mulheres que simplesmente buscam estar nesse mundo em paz...talvez tudo, talvez nada...mas uma certeza: somos irmiga! Simples assim. Ahhh da saudade? Abril é logo ali. Beijão nocê
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRegina,
ResponderExcluirregressei sim do além,heheheh
Saber estar connosco não é para todos, felizmente com a maturidade sinto um prazer cada vez maior em privar comigo.
Beijinhos
Querido Tony
ExcluirQuanto tempo né? Mas ando sumida do divã e dos blogues dos amigos. A vida corre seu ritmo a despeito de nossas vontades.
Beijão
Olá!!!
ResponderExcluirAqui há tempos vim a este querido espaço para ler e comentar onde tinha parado. Li algumas postagens mas só comentei algumas. Estou em dívida. Os teus textos fazem-me bem, identifico-me imenso com a tua forma de encarar a vida. Este não foi exceção. É tão bom aprender a viver connosco próprios!
Grata pela partilha.
Bjuzz, Rê :)
Odete sempre querida!
ExcluirEu que estou em falta com vc e outros tantos amigos que fiz nesses anos de divã. Mas como já disse aqui, a vida toma rumos que a escrita não obedece rsrs Muito bom revê-la por aqui e saber, de uma poetisa como vc, que meus "desabafos" de alguma maneira te tocam!
Beijuuss nessa sua alma iluminada